segunda-feira, 22 de julho de 2019


Uma frase  mortal...


Tinha do prof. Azeredo Lopes, cujas crónicas lia semanalmente no JN -  muito antes de ter ocupado aquele cargo na governação -  a impressão de ser uma pessoa que nunca pactuaria com situações menos claras, susceptíveis de colocar em causa a sua idoneidade;  mas aquele célebre assalto ao paiol de Tancos e as trapalhadas que envolveram a recuperação das armas, e terem sido devolvidas em número superior ao que foi dado como subtraído, assim a modos que um “bónus” pelo aborrecimento causado, deixaram-no numa posição pouco confortável.

E por seu exclusivo descuido, porque não havia nada que justificasse ter dado passos em falso, a ponto de ter de saír do Governo; mas aquela frase proferida numa entrevista televisiva, querendo passar a mensagem tranquilizadora de que, “no limite, podia não ter havido furto nenhum”, deixou a pulga atrás da orelha em muita gente, e por mais voltas que depois tivesse dado, a verdade é que nunca mais convenceu ninguém de que não estava a par de tudo quanto tinha sido tramado.

Que se tenha deixado embrulhar naquilo, nem a eventual falta de experiência política pode servir de desculpa, num homem daquela craveira; é que se um qualquer tratante engendrou com sucesso um plano para assaltar um paiol militar, como é possível tudo aquilo que se seguiu, quando o ministro não tinha mais que esperar das polícias que fizessem o seu trabalho e levassem os traficantes a julgamento!...


Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. São os casos de senhores como estes, que nos deixam ainda mais "sem pé"! Além de parecerem não ter perfil para estas "patacoadas"... não tinham necessidade de as praticar!

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  2. É das tais coisas que fazem a gente estar sempre de "pé atrás" com os agentes políticos...

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