Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
domingo, 28 de julho de 2019
O PÚBLICO não quer e... "prontos"!
Fernando Cardoso Rodrigues
9 comentários:
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Não leio aqui grande problema. Mais ainda por quem é escrito que não quer de certeza um Governo às direitas.
ResponderEliminarE de facto se o PS não tiver forma de fazer um Governo sem ajuda mas ficar próximo da situação "limiano", comseguirá governar, com apoio, que não tem que ser fixo, e com algum controlo por parte do Presidente da República. Porque não? E qual o problema do editorial do Público, que a autora até fundamentou?
A mim pouco me importa quem o escreveu e que pensamento político tem. Nem me importa, no caso vertente que aqui me trouxe, o que o PS quer e mesmo o que eu que gostaria que se passasse. O que não pode é vir num editorial um apelo daqueles pela pena duma responsável do jornal. Fundamentou-o?! Mas isso que interessa, Augusto? Que o esvrevesse num artigo de opinião e, de preferência noutro jornal, e eu ficaria calado. Se ela ou outro director fizesse o mesmo que ASL fez, pedindo ( e mesmo justificando...) maioria para o PS, eu esvreveria exactamenet o mesmo que escrevi!
ResponderEliminarRealmente, uma das qualidades de um bom jornalista é ser objectivo e não exprimir opiniões pessoais. Ora, não se tratando de um artigo de opinião, o editorial peca pela falta de objectividade e equidistância partidária (se fosse outro tema qualquer, teria que se basear nos mesmos princípios - objectividade e distanciamento pessoal )
ResponderEliminarA meu ver, este assunto desdobra-se em dois.
ResponderEliminarUm que é o da opinião expressa por Ana Sá Lopes, que eu partilho completamente. Bem me lembro da vacina que foi para mim a existência das três maiorias absolutas que ASL apontou. Para mim, nunca mais. E a expressão dos seus receios também me convenceu, uma vez que, antes ainda do Editorial, eu próprio já tinha recebido com pouca bonomia as reacções que testemunhei em Eduardo Cabrita.
Outro é o de essa opinião ter sido plasmada em Editorial do Público. Que viesse a ser publicada noutro local qualquer não levantaria, penso eu, grandes dúvidas a ninguém. Já em editorial, para opinar com convicção, falta-me o conhecimento profundo do Estatuto Editorial e das regras que obrigam internamente os jornalistas e chefias diversas na Redacção. Sei que, ao contrário de outros países, não existe tradição nos jornais portugueses de evidenciarem expressamente a sua orientação, nomeadamente no que concerne a posições relativamente a partidos políticos. Sei, também, que o Público assumiu sempre claramente a defesa dos valores democráticos e outros, repudiando tudo quanto os contrarie, e, neste caso, não sinto qualquer violação desses princípios. De uma coisa, parece-me ter a certeza: ASL não violaria assim tão grosseiramente qualquer das regras que, nas funções de Directora Adjunta, a limitam na escrita dos seus Editoriais, o que me leva a pensar que não extravasou quaisquer limites internos que estejam estabelecidos. Enquanto jornalista, ninguém está impedido de exprimir opiniões pessoais nem obrigado a equidistância partidária ou distanciamento pessoal, sobretudo quando emite opinião. E o Editorial é, claramente, um espaço de opinião, não serve para publicar notícias, essas sim, obrigatoriamente objectivas.
Tinha uma ideia empírica de que o editorial era uma espécie de resumo/ destaque de algum assunto que o jornal pretendesse sublinhar , e que reflectia a posição do jornal sobre o mesmo.
ResponderEliminarDe facto é isso mas não só - e o que me ajudou foi um artigo já antigo , precisamente do público, elaborado pelo provedor do leitor na altura :
Joaquim Vieira -Provedor do leitor
“Que é um editorial?
“Na concepção convencional, o editorial é um texto que procura consensualizar uma tomada de posição dos responsáveis de uma publicação acerca de determinado tópico, pelo que se confunde com a opinião do próprio jornal, não sendo pois assinado por quem o escreveu. Essa é a definição genérica do termo "editorial" contida nos dicionários: "Diz-se do artigo de um periódico que é da responsabilidade da direcção e exprime a orientação desse periódico" (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenação de José Pedro Machado, 1981); "artigo em que se discute uma questão, apresentando o ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redactor-chefe" (Dicionário Houaiss, 2003). É claro que a busca de tal consenso implica uma linguagem relativamente anódina e eventualmente inócua...
...Por isso o editorial apresenta-se no Livro de Estilo do PÚBLICO definido de forma algo diferente da dos dicionários: "Texto breve de opinião, claro e incisivo, assinado por um elemento da Direcção editorial".
Assim sendo, embora continue a concordar que o editorial não deveria ter uma posição tão pessoal sobre um assunto tão polémico como é a política, ao que parece, e salvaguardando o facto de a minha fonte não recente, ASL pode escrever um editorial nestes termos ( continuo a achar que não devia ...)
Evidentemente que todos que aqui estão a comentar a opinião inicial do Fernando, de tal forma correcta e cordial, e o próprio também, que mais que não seja, vale por isso. Todos aqui habituados a ler o Público desde o início, vamos percebendo como as várias Direcções do mesmo actuam. E no.caso da actual há uma certa vontade de se expressar e opinar, sem ,até ao momento ter passado por cima dos Estatutos do próprio Público. E ser neutro é algo impossível. Ou é -se para não desagradar a ninguém, o que é demitir-se de ter opinião própria. E apesar de a Direcção de um meio de comunicação social dever ter cuidado para não "esticar"demasiado "a corda", já quase o fez contra Marcelo, e não houve qualquer indignação.
ResponderEliminarContinuo a pensar que uma boa e justificada controvérsia aqui no blogue, é sempre de saudar. E, neste caso, até estou maias à vontade para o dizer porque a..."perdi". Não vou entrar em coisas laterais que foram aqui aduzidas pelos diversos intervenientes pois isso poderia parecer que estou a "desviar a conversa".
ResponderEliminarNota: para o caso de verem no PÚBLICO uma carta minha, idêntica ao texto que aqui coloquei, ela foi escrita e enviada antes do segundo.
Um abraço, Fernando
ResponderEliminardo
augusto
Tem existido uma evolução nos eleitores, quanto a maioria absolutas: desde 2009 que deixaram de dar a um só partido... e em 2015 não deram a dois partidos.
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