terça-feira, 30 de julho de 2019

O PÚBLICO NÃO QUER E...» é referência...


                     (desenhos de Miranda, com mais de 40 anos, mas mantendo a actualidade...)

Plagiando parte do título de texto recente de Fernando Cardoso Rodrigues, «O PÚBLICO NÃO QUER E…» é referência…, mas mudando o assunto, para dizer e informar que os textos aqui colocados no blogue em 17 de Julho, «Vai o capitalismo resolver a crise climática e ambiental?» e em 27 de Julho, «Ganhar milhões com a doença», foram enviados para cartas ao director, mas não mereceram atenção para publicação, a exemplo de outros e alguns publicados com cortes. A voz e o ideário do dono falam mais alto.

Também foram enviados para o Jornal de Notícias. Neste, alguns textos que tenho enviado têm sido publicados duas ou três semanas depois, e muitas vezes com cortes e alterações, dando a impressão que são utilizados na formação de censores… também aqui a voz e o ideário do dono falam mais alto!

7 comentários:

  1. Citando novamente o Dr. Fernando Rodrigues, faz muita falta um provedor do leitor!
    De qualquer forma, se se pode compreender o “ truncar” de um texto por motivos de espaço, desde que não se perca a mensagem, já as alterações e as publicações tão tardias são, por si só , motivo para uma nova carta a cada um dos jornais!
    Sendo diários, o atraso torna os assuntos extemporâneos, e sobre alterações de um texto, estamos conversados! - a menos que essa possibilidade esteja registada nas “ regras de publicação “ ; embora não seja correcto, quem envia as cartas já sabe as “ regras do ( mau) jogo”...

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  2. Só queria esclarecer que a minha velha reivindicação sobre a necessidade ( melhor, obrigatoriedade...) da existência dum Provedor do Leitor, não reporta aos critérios editoriais do jornal em que se englobam as cartas ao director ou - e isso vim a aprendê-lo com alguns de vós, pois pensava que não - se um editorial assinado pode apelar a um tipo de voto perseguindo objectivos políticos. As funções do provedor são outras e já as deixei expressas no encontro de Coimbra, há "séculos" atrás, e várias vezes aqui no blogue. Quanta às cartas rejeitadas - um assunto também debatido à exaustão em vários dos encontros que muitos de nós tivèmos ao longo do país - confesso, já o abandonei.

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  3. As funções de um provedor certamente abrangem vários aspectos, mas também englobam a legítima “ perplexidade” plasmada no post de Ernesto Silva.

    Como já comentei a propósito de outro assunto, a tecnologia é de uma utilidade inegável e permite-nos, entre outras coisas, acesso a imensa informação !
    Passo a citar:

    “Definição
    O provedor do leitor do PÚBLICO (adiante designado por provedor) é uma pessoa de reconhecido prestígio, credibilidade e integridade pessoal e profissional e profissional, cuja actividade principal tenha estado nos últimos cinco anos relacionada com a problemática dos media, de preferência enquanto jornalista.
    A Administração do PÚBLICO porá à disposição do Provedor todos os meios necessários para que este cumpra a sua missão de garantir a defesa dos direitos dos leitores.
    O provedor orienta a sua intervenção pelo Código Deontológico do Jornalista, pelo Estatuto Editorial e pelo Livro de Estilo do PÚBLICO.
    Competências
    O Provedor desenvolverá a sua acção com total autonomia e independência face a quaisquer órgãos do jornal ou da empresa e compete-lhe:
    1. Avaliar a pertinência das queixas, sugestões e criticas dos leitores, produzindo as recomendações internas que delas decorrerem.
    2. Esclarecer os leitores sobre os métodos usados e os factos relevantes, envolvendo a edição de notícias que suscitem perplexidade junto do público.
    3. Investigar as condições que levaram à publicação de notícias ofensivas dos direitos dos leitores.
    4. Transmitir aos leitores, à Redacção ou à Administração do PÚBLICO a sua reflexão sobre eventuais desrespeitos pelas normas deontológicas que ocorram no jornal.
    5. Manter uma coluna semanal nas páginas do jornal sobre matérias da sua competência e, em geral, da ética e deontologia jornalística.
    6. Propor à Direcção Editorial a publicação de quaisquer outros textos ou recomendações no âmbito das suas competências;
    7. Em todas as comunicações, internas ou públicas, que digam respeito a notícias editadas no PÚBLICO, o provedor é obrigado a ouvir o(s) jornalistas(s) responsáveis por estas e a divulgar as opiniões recolhidas.
    8. O ponto anterior deixa de se aplicar quando o(s) jornalista(s) interpelado(s) pelo Provedor nada responder(em) num prazo de 72 horas “







    “A principal missão do provedor do leitor consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações.
    Estatuto
    1. O provedor do leitor do Diário de Notícias é uma entidade independente que tem por missão assegurar a defesa dos direitos dos leitores.
    2. Compete ao provedor do leitor:
    2.1. Analisar as reclamações, dúvidas e sugestões formuladas por escrito pelos leitores.
    2.2. Proceder à crítica regular do jornal, com base nas regras éticas e deontológicas do jornalismo.
    ...”

    Certamente que se procurasse outros exemplos, surgiria sempre em destaque :
    “atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores”

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    1. Termino a minha intervenção aqui. E também só aqui venho porque me parece qua a Lúcia, ao dar-me razão no apelo à existência do Provedor, fá-lo para que este fosse útil à "perplexidade" do Ernesto Silva. E até se esmera na descrição das funções do Provedor. Quanto a esta ajuda só posso dizer: obrigado. Quanto à "mistura" que faz entre o texto do Ernesto e o meu, de há dois ou três dias, lamento mas não faz sentido. Se enquanto eu critiquei o escrito de Ana Sá Lopes no plano ético-deontológico, e daí o Provedor que certamente me responderia como alguns de vós, já que, pelos vistos, o direito de ela o fazer é existente, o Ernesto Silva, nem no Provedor fala e queixa-se é de não ver as suas cartas publicadas e imputa isso "à voz do dono". Sem entrar em processos de intenções, não lhe parece que as razões porque ambos escrevemos sobre coisas diferentes, pensando diverso e em pessoas diferentes? O título "semi-partilhado", aliás como o Ernesto concede, é somente isso: "semi". Eu falei do que pensei,- pelos vistos, mal - ser falta de deontologia jornalística, o Ernesto, da não publicação das suas cartas, cuja causa estará no ideário do dono. Eu e o Ernesto, sabemos bem deste facto, mas a Lúcia tentou um sincretismo que me pareceu simplesmente menos avisado já que inpossível, dadas a premissas.

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  4. Eu referia-me ao facto de as cartas serem “ cortadas” ou “alteradas” , claro que a decisão de publicar ou não depende do jornal ...

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  5. Só para esclarecer: o meu texto não resulta de nenhuma perplexidade, nem é uma queixa. Pretendi constatar factos e dar a informação. Não tenho ilusões sobre o panorama da comunicação social, a maioria nas mãos de grandes grupos económicos. Até admito que sinalizem leitores, para que as suas opiniões mereçam um cuidado mais especial. Mas, enquanto existirem os espaços para a opinião dos leitores, continuarei a enviar os meus textos.

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  6. Eu não lhe dizia, Lúcia? Ambos - eu e o Ernesto Silva - sabemos do que e porque falamos. Diversamente como é óbvio.

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