quinta-feira, 18 de julho de 2019

Para além do Valley


É com grande expectativa que os Oeirenses vão assimilando as notícias sobre as medidas que estão a ser implementadas para que Oeiras seja catapultada para as bocas do mundo.
Com as vantagens competitivas que vão ser oferecidas, seja no capital humano, (diz-se que Oeiras tem a maior percentagem de alunos acima da média)  ou nos parques empresarias que já existem como o Taguspark, a Quinta da Fonte….e nos que irão nascer, centros de investigação e até as apostas no Mar, Oeiras está em grande transformação e em muito pouco tempo será a “Silicon Valley portuguesa.”
Depois temos grandes noticias como as expostas numa Assembleia Municipal que o SATUO vai renascer e em força. Afinal a estrutura que tem estado desactivada não está degradada e já há projectos para que siga para além do Cacém e com interesse de outras autarquias,  noutra estrutura com condutor para facilmente as populações se puderem deslocar rapidamente.
Oeiras está também muito atenta ao problema dos lixos, assunto esmiuçado na Assembleia Municipal de 9 do corrente e que deve conduzir certamente ao nascimento de  movimentos para sensibilizarem os oeirenses a uma mais correcta postura na separação e colocação nos contentores respectivos.
Entretanto há coisas pequenas que tardam em ser resolvidas e que ajudaria quem cá vive e  até abrir portas à fixação de mais jovens nestas nossas vilas e lugares. Refiro por exemplo o programa de Habitação Jovem que tenuemente tem sido desenvolvida. Continua a ver-se edifícios envolvidos em painéis indicando o seu fim mas tarda que sejam realmente intervencionados. Por exemplo em Algés na Av. da República o edifício deve estar assim há cerca de uma dezena de anos.
O problema da habitação a preços acessíveis e para as classes de médios rendimentos está a tornar-se grave. A autarquia vem falando de projectos em estudo mas tarda a sua concretização e estamos a ver que Oeiras se está a atrasar nesta área. Entretanto estão a sair leis a nível nacional  sobre este assunto e já há autarquias a diligenciar para as acompanhar. E havendo no nosso Município um número razoável de casas vazias – algumas de entidades oficiais como a Santa Casa – não será possível que Oeiras rapidamente encontre meios de intervir directamente ou sensibilizando os proprietários com beneficio nos impostos para que essas casas sejam colocadas no mercado? E as casas abandonadas e a degradarem-se? Quando haverá uma intervenção?  (Uma ressalva: Oeiras está a começar a pressionar o Governo e a intervir na recuperação de património do Estado como a Quinta Real de Caxias.)
Por um lado Oeiras é a Valley portuguesa, por outro abundam edifícios a cair como se fossem restos do terremoto de 1755.

Maria Clotilde Moreira

Jornal Costa do Sol - 17.07.2019

1 comentário:

  1. Uma descrição interessante e muito “ colorida” de uma região plena de contrastes !

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