- Os portugueses desde sempre foram e vieram, partiram e regressaram, entraram e saíram, meteram e tiraram o que podiam do Brasil. Mas naquele tempo, mulher brasileira não usava protecção, nem fugia com o traseiro à seringa, nem enfiava a carapuça, pois não havia. Daí ficar fragilizada e à mercê de qualquer ocupante atrevido - o colono. Assim nasceu, mulata. Por isso não se percebe como é que nos dias de hoje, com tanta informação, meios de defesa, e esperteza a correr pelas avenidas junto à praia e dispostas num bom hotel, aqueles corpos bem tratados e apelativos, deixam-se enganar e engravidar, por um turista ocasional ou mais frequente, que embora não "partindo de barco, e sem um adeus ao cais de Alfama", como o cantava Fausto, mas de avião com bilhete de ida e volta, deita-se na posição mais crítica que uma mulher pode tomar, estica-se ao comprido, abrindo-se toda à recepção do visitante lusitano, que aparece por lá cheio de fantasia e de pica. Mas a mulher ou "a garota de Ipanema", sabe fazer contas e medir contrapartidas. Por isso deixa-se engravidar por detrás do descuido propositado, pelo empresário aventureiro e endinheirado, garante de sustentabilidade, que desembarcou sob um calor que o fez perder a cabeça e perder-se de amores por mulher quente e danada para a brincadeira, e com a cabeça em tal estado, enfiou-se pela mulher adentro, repetidamente. Esta sem rodeios, após os meses certos, vem agora e desde o ontem desta modernidade, e despudor, exigir direito a reparo e indemnização por ter cedido tanta ternura e generosidade para com turista bem abonado de meios e de fortuna, e até lhe ter dado prazer e honrado, com filho. Estranho é que tanto português vai e vem daquelas paragens encantadoras, mas na maioria gente sem grandes recursos financeiros e económicos, que não arrisca meter-se em embrulhadas, e a esses, lhes não salta nenhuma brasa da avenida paulista ou do Rio, a querer sacar pagamento de pensão ou receita de luxo par se sustentar e ao rebento nascido da aventura entre adultos, e do confronto luso-brasileiro, da luta corpo-a-corpo entre lençóis. Estranho, não é? Mas elas andam por aí!
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quarta-feira, 10 de julho de 2019
O feitiço brasileiro
- Os portugueses desde sempre foram e vieram, partiram e regressaram, entraram e saíram, meteram e tiraram o que podiam do Brasil. Mas naquele tempo, mulher brasileira não usava protecção, nem fugia com o traseiro à seringa, nem enfiava a carapuça, pois não havia. Daí ficar fragilizada e à mercê de qualquer ocupante atrevido - o colono. Assim nasceu, mulata. Por isso não se percebe como é que nos dias de hoje, com tanta informação, meios de defesa, e esperteza a correr pelas avenidas junto à praia e dispostas num bom hotel, aqueles corpos bem tratados e apelativos, deixam-se enganar e engravidar, por um turista ocasional ou mais frequente, que embora não "partindo de barco, e sem um adeus ao cais de Alfama", como o cantava Fausto, mas de avião com bilhete de ida e volta, deita-se na posição mais crítica que uma mulher pode tomar, estica-se ao comprido, abrindo-se toda à recepção do visitante lusitano, que aparece por lá cheio de fantasia e de pica. Mas a mulher ou "a garota de Ipanema", sabe fazer contas e medir contrapartidas. Por isso deixa-se engravidar por detrás do descuido propositado, pelo empresário aventureiro e endinheirado, garante de sustentabilidade, que desembarcou sob um calor que o fez perder a cabeça e perder-se de amores por mulher quente e danada para a brincadeira, e com a cabeça em tal estado, enfiou-se pela mulher adentro, repetidamente. Esta sem rodeios, após os meses certos, vem agora e desde o ontem desta modernidade, e despudor, exigir direito a reparo e indemnização por ter cedido tanta ternura e generosidade para com turista bem abonado de meios e de fortuna, e até lhe ter dado prazer e honrado, com filho. Estranho é que tanto português vai e vem daquelas paragens encantadoras, mas na maioria gente sem grandes recursos financeiros e económicos, que não arrisca meter-se em embrulhadas, e a esses, lhes não salta nenhuma brasa da avenida paulista ou do Rio, a querer sacar pagamento de pensão ou receita de luxo par se sustentar e ao rebento nascido da aventura entre adultos, e do confronto luso-brasileiro, da luta corpo-a-corpo entre lençóis. Estranho, não é? Mas elas andam por aí!
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