Segundo
o relatório da ONU divulgado no passado dia 2, 820 milhões de
pessoas foram afetadas pela fome pelo 3º ano consecutivo. 113
milhões das quais, de forma aguda. As causas são as catástrofes
naturais, como secas, inundações, furacões, etc. Mas, as
principais são sobretudo as guerras e as brutais assimetrias
regionais e sociais. Ou seja, as causas do sistema; o capitalismo.
Comprometido
está o objetivo daquela organização mundial: a erradicação desta
imoral calamidade até 2030.
Imoral,
porque existem recursos suficientes para que ela não exista.
Imoral,
porque bastava uma pequena percentagem do que se gasta em armamento
para debelá-la.
Imoral,
porque apenas 1% dos multimilionários tem mais riqueza que metade da
humanidade.
Imoral,
porque essa ínfima minoria, através do seu poderio económico,
mediático e bélico, convence uns de que essa imoralidade é
inevitável, e outros, submete-os.
É o
capitalismo em todo o seu esplendor!
Os
países mais afetados situam-se na Ásia, África e América Latina,
mas não só! 8% da população da América do Norte e da Europa,
também é atingida.
Portanto, no principal guardião, difusor e impositor do sistema, os EUA, e seus
aliados, apesar da política de rapina que praticam, a fome também
lá grassa. E o capitalismo não se baseia apenas na exploração do
homem pelo homem. Ele é o principal predador dos recursos do
planeta, alterando ecossistemas e os ciclos da Natureza, gerando
assim, as tão nefastas alterações climáticas.
Conclusão:
para debelar a fome e preservar o planeta, é imperioso erradicar o
capitalismo.
Francisco
Ramalho
Publicado na edição de hoje de "O SETUBALENSE"
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