Há
notícias que passam aí pelo espaço mediático como cão por vinha
vindimada. E não se julgue que por serem desinteressantes! Muito
pelo contrário! Não interessam é aos senhores do capital e da
guerra. E os seus agentes, tentam matá-las logo à nascença, não
as divulgando. Foi o que aconteceu com a que trazemos aqui hoje aos
nossos leitores.
O
Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), entregou em
6/7/18 na Assembleia da República, a petição “Pela Paz, Pela
segurança, Pelo Futuro da Humanidade- Pela Assinatura por parte de
Portugal do Tratado de Proibição de Armas Nucleares” com 13.420
assinaturas. A referida petição foi discutida na AR no passado dia
2, tendo o PCP, PEV, BE e o PAN, recomendado ao Governo que
ratifique o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, adotado pela
ONU em 2017. Os 4 projetos de resolução, foram chumbados com os
votos do PS, PSD e CDS.
Dizer
que o referido tratado foi aprovado na Assembleia Geral da ONU com
122 votos a favor, nos quais não constaram os dos países detentores
de tais armas, nem os membros da NATO. Aqui chegados, põe-se a
questão da soberania nacional. É que a Constituição da República
Portuguesa é pela paz. Constando mesmo no seu artigo 7º, a abolição
de todos os blocos político-militares. Mas, como se constata, para
os partidos do centrão, a NATO e quem manda nela, os EUA, falam mais
alto! Mesmo sendo importantíssimo que cada vez mais países
ratifiquem tão importante documento, e estando em causa , a paz
mundial e o futuro da humanidade.
Aos
nossos prezados leitores, boas férias!
Francisco
Ramalho
Publicado na edição de ontem, 30/7, do jornal "O Setubalense"
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