Estou confuso e assustado. Pelos incêndios e suas consequências nefastas mas, se calhar ainda mais, porque as explicações e os discursos não batem certo e, pior ainda são... contraditórios. Não quero "deitar mais gasolina para o lume" -passe o mau gosto da frase- mas se os jornais nos enchiam a cabeça com Siresp, helicópteros, fraudes, erros técnicos de auxílio, dinheiro e mais dinheiro, corrupção e mais corrupçção, incendiários labregos e/ou interesseiros graúdos, vejo agora a "agulha mudar" e, em mais um triste e simples facto, mostrar que a explicação está noutro lado. No dia 23/7, nem de propósito e curiosamente, o editorial de Amílcar Correia ( "O que não arde agora vai arder mais tarde") e a crónica de João Miguel Tavares ( "Em busca do incendiário perdido"), no PÚBLICO, coincidem no que dizem. Em termos "eruditos". O primeiro diz que " a economia não retira do território a acumulação contínua de combustíveis ideais para a propagação das chamas..."(sic). O segundo escreve que " a questão central está na biomassa, ou seja, no combustível acumulado nos solos por esta altura do ano" (sic). Se substituir-mos "economia" por qualidades e negligências e "biomassa" por lenha, estará tudo dito. Continuo assustado.
Fernando Cardoso Rodrigues
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