Em 2019, comemora-se 100 anos do nascimento de Fernando
Namora e 30 anos do seu falecimento. Nasceu em 1919 (15 de Abril), em Condeixa.
Morreu em Lisboa, em 31 de Janeiro de 1989.
Fernando Namora concluiu o curso de medicina na Universidade
de Coimbra em 1942. Depois de exercer clínica em vários meios rurais, em 1950
vai para Lisboa para o Instituto de Oncologia. Em 1965, abandona em definitivo
a profissão de médico, para se dedicar totalmente à escrita, onde além de
romances escreveu poesia, contos, memórias e impressões de viagem.
Publicou o seu primeiro romance (As Sete Partidas do Mundo),
em 1938. «Retalhos da Vida de um Médico», um livro profundamente humanista, foi
publicado em 1949 e depois uma segunda série, com o mesmo título e sobre o
mesmo tema em 1963, que mereceriam adaptação televisiva de Artur Ramos na RTP,
em 1979. A primeira publicação tinha sida adaptada ao cinema em 1962, por Jorge
Brum do Canto. Também o seu romance «Domingo à Tarde» foi adaptado ao cinema em
1966, por António Macedo.
«A Noite e a Madrugada», que se baseia na actividade de
Fernando Namora como médico na aldeia de Monsanto e no contrabando naquela zona
raiana, é de 1950. Este livro com quatro capítulos está traduzido em várias
línguas, e o seu capítulo segundo foi incluído numa antologia italiana das mais
belas narrativas de todos os países.
Recordo com carinho os livros que li de Fernando Namora. Outros tempos que a saudade requisita mas que tenho relutância em reler. Olho para eles, parados na prateleira, e o olhar solta um querer que desvio para outras leituras. Tomei a decisão de evitar reler livros e rever filmes. Nos filmes abri a exceção com o “Cinema Paraíso” e o “Paris Texas”, nos livros…
ResponderEliminarGrato pela sua evocação do grande Fernando Namora. Para além dos óbvios ( para mim) "Retalhos da Vida de um Médico" e "Deuses e Demónios da Medicina", do que mais gostei foi o "Rio Triste", também por razões pessoais. Aproveito para relembrar o tempo desta colecção RTP e ainda dos Livros Europa América, da mesma época. Da primeira retive "A Tia Tula" de Miguel Unamuno e da segunda "O Valente Soldado Chveik" de Jaroslav Hasek, só como exemplo. "Bons" e maus tempos...
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