quarta-feira, 4 de dezembro de 2019


Que chatice, a disciplina...


Obra custeada pelo município, num montante que ultrapassou os duzentos mil euros, os acessos e o adro da igreja da minha aldeia foram radicalmente modificados há cerca de quatro anos, com um novo pavimento em pedra e pequenos postes metálicos para disciplinar os automobilistas, que antes ocupavam todo o espaço à volta da igreja, muitas vezes impedindo a entrada das pessoas, tal o hábito que se foi enraizando de levar as  carripanas mesmo até ao último centímetro de espaço disponível, sem o mínimo respeito pela circulação pedonal.

Já lá vai um tempinho desde que a nova situação entrou em vigor, mas as criaturinhas que mais barulho fizeram ainda refilam por terem que levar o carro para o parque, que fica só a uns cinquenta  metros; podem deixar à porta os passageiros mas, que chatice, o que lhes dava jeito era mesmo ficar ali à entrada da igreja.

Vem isto a propósito do que li no JN, acerca da mesma problemática; na frequesia de Soajo, Arcos de Valdevez, foi decidido impedir que os carros ocupassem todo o espaço da praça central da aldeia, colocando a servir de barreira umas quantas floreiras metálicas de grandes dimensões, só que o povinho não gostou daquilo, reuniu-se na Junta e quer as floreiras de lá para fora, preferindo que se coloquem os clássicos sinais que proibem o estacionamento, porque os sinais não impedem ninguém de continuar a deixar o carro onde bem entenda, e polícia numa aldeia é coisa rara...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Esta é uma das razões porque tenho uma "dúvida metódica" sobre o regionalismo...

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