terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Isto está tudo ligado... com o clima e não só...

Provavelmente porque o "clima" já me atingiu, dei comigo a pensar no "nó górdio" que tentamos desatar, sem, provavelmente o conseguirmos. Neste momento é Madrid que "ferve", mas já antes foi Paris e, lá mais para trás, Quioto. Agora há um figura símbolo, Greta Thurnberg, mas o lastro de muitos anos de caminho humano, vai-nos deixando sem saída. O já chamado antropoceno, o nosso tempo, parece começar a fazer parte dum tempo esgotado e quase já só esbracejamos.
Porquê este meu pessimismo? Ou será lucidez? O  meu caso começou ao reler as principais causas de emissão de gases com efeito estufa. A saber: desflorestação que conduz a pouca fotossíntese ( a "respiração ao contrário"...) que nos "livrava" do CO2 "maléfico"; a queima de combustíveis fósseis ( carvão, petróleo e gás natural); o uso de fertilizantes azotados que libertam óxido nitroso; o metano libertado pelas vacas e ovelhas, que o produzem durante a digestão dos seus alimentos. Correndo o risco de ser demasiado esquemático, deixo de parte - neste texto - as três primeiras  e fixo-me nas "vaquinhas". E penso: vamos deixar a pecuária porque poluímos ( poluem, elas...), ficamos todos "vegan" e.... que fazemos aos bovinos e ovinos? Então não há desaparecimento de espécies e desiquilíbrios subseqentes?! Fazemo-nos hindus ( curiosamente Nova Delhi é um tecto de poluição...) e adoramo-los, até que se extingam? Como se corre em direcções diferentes com um fim "bom" no final?... Ufa! Estou cansado e pouco disse. Vou continuar a fechar as torneiras, a apagar as luzes, a beber água da torneira ... e "rezo". O antropoceno está mesmo no fim, a não ser que... o Yuval Noah Harari já disse umas "coisitas" sobre isto... Inteligência artificial, lembram-se... Lá se vai o "copito e a bifana", mas os dinossauros também "foram à vida", não foram?...

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Bastaria pararmos com o desperdício para tudo começar a melhorar, mas pouca gente pensa nisso, a começar por aqueles que tudo baseiam no crescimento, sem levar em conta que isso assenta no desperdício.Em Espanha há campanhas muito interessantes e motivadoras, por exemplo com a roupa: uma jovem abre o roupeiro e, apesar de estar cheio, não encontra nada que lhe agrade, sobrepondo-se uma voz lhe interrompe o pensamento dizendo: "Se no te lo pones, vendelo"!
    Um pouco por todo o lado, por cá também, há problemas com falta de água, mas sempre que vou a uma casa de banho fora de casa, seja pública ou em estabelecimento privado, vejo desperdício de água, pois deixei de pressionar a torneira,já sequei as mãos e a água continua a correr, e é um nunca mais acabar de situações incongruentes com o discurso...

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