terça-feira, 2 de julho de 2019


Generosidade manhosa...


Tendo por tema o engano que constituem as quotas para mulheres, na política ou onde quer que seja, José Manuel Diogo contou no JN uma história exemplar; dizendo que o sistema de quotas é discriminatório para a mulher, conta uma velha história de golfistas em que as mulheres eram cínicamente “enroladas”.

“Um clube de golfe muito tradicionalista não aceitava mulheres como sócios, e embora as esposas dos membros pudessem frequentar o clube e usar o restaurante, não podiam jogar porque os estatutos o não permitiam; mas como os tempos vão mudando, certo dia as senhoras escreveram à direcção uma carta reivindicando o direito de jogar.

Como a direcção se reunia apenas uma vez por triénio, só à terceira, nove anos depois, lá chegou a desejada resposta: “A direcção do clube, depois de reflectir sobre as mudanças na sociedade, delibera que, a partir do próximo ano, as mulheres dos sócios também poderão jogar, desde que na observância dos usos e costumes do clube”.

As mulheres festejaram com champanhe mas, pouco depois, reclamaram para a direcção que os homens deixassem de urinar à frente delas em pleno  campo; de novo muito tempo depois chegou a resposta, onde a direcção anunciava ter deliberado que as senhoras, se assim o entendessem, também poderiam urinar dentro do campo”...


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. "Manholice" já anedótica. Falta-me saber como vê o articulista, JMD, as quotas de género...

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  2. Bom, ele começa a crónica assim: "Igualdade não é um em três. É dois em dois. O sistema das quoatas é discriminatório para as mulheres.Porque, ao contrário do que pode parecer, foi feito para proteger os homens e não para promover as mulheres". E aquela anedota, digo eu, é bem elucidativa, já que foi concedido às mulheres o "direito" de poder jogar, desde que não exigissem dos homens abdicar dos seus "usos e costumes"...

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