sexta-feira, 4 de outubro de 2019


Alhos e bugalhos...


O fulano apresenta-se como “Especialista em Media Intelligence”, escreve uma vez por semana no JN e às vezes tem graça; contudo, na maioria das vezes esforça-se e não consegue, como quando mandou que fossem “tomar banho” aqueles que apontavam a Bolsonaro a mais completa ausência de qualidades para presidir à grande nação brasileira, deixando, a partir daí, várias demonstrações de ser “bolsonariano”.

Agora atira-se à activista Greta Thunberg e ao mundo inteiro que a segue na mesma luta, fazendo comparações absurdas com a compatriota Greta Garbo, coisa que não faz o menor sentido, no tempo e no espaço; pretendendo desvalorizar a luta da pequena sueca, trata-a como uma oportunista manipulada por interesses que nada terão a ver com a luta que a move.

Referindo-se à activista que pôs o mundo a mexer como nada mais que um “estereótipo”, questiona por que razão, nas buscas feitas na Internet, o Google se esquece de Greta Garbo, só porque aparece primeiro a compatriota GretaThunberg; dá por garantido o prémio Nobel para esta, que apareceu há dias, quando a Garbo precisou de uma vida inteira para ser reconhecida como uma das maiores actrizes de sempre.

Que um cretino qualquer assim possa falar da rapariga é coisa que não surpreende, pois faz parte de uma casta que demonstra ter como projecto de vida conspurcar tudo em que toca, sentindo-se o “máximo” a fazêlo; que alguém de um escalão nítidamente superior como, apesar de tudo, me parece ser José Manuel Diogo, tente apagar o que é importante sobrepondo-lhe o que nada tem a ver é que causa estranheza.

Um dia destes vi numa TV espanhola a cobertura que fizeram de uma visita do presidente da Câmara de Madrid a uma escola no início das aulas; este elemento do Partido Popular, que para governar teve de se aliar a Vox e a Ciudadanos, já que quem ganhou a eleição foi a anterior presidente, Manuela Carmena, a primeira decisão que tomou foi anular o projecto “Madrid Central”, da autoria de Carmena, que restringia o trânsito no centro da capital.

Obrigado pelo tribunal, teve de voltar atrás e manter ou melhorar o que estava, porque reduzir a poluição ali é urgentíssimo, até para não pagar pesada multa da União Europeia; na visita à escola, uma miúda perguntou-lhe se ele achava mais importante ajudar na reconstrução de “Notre Dame” ou a salvar a “Amazónia”; respondeu que é mais importante “Notre Dame”, o que levou as pequenas em uníssono a um espantado “Quéeeeeeee?!
Depois arengou com a civilização cristã e europeia, de que a catredal francesa é um marco importante...




Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. Nao entendo o Amandio. Atira-se ao Diogo como se fosse a uma besta qualquer. O homem ate nem e petulante ou vaidoso. Diz-se Especialista em Media Inteligencia. Nao em Superior ou Inferior. Para jornalista nao esta mal.
    Ai Amandio, Amandio...

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  2. Mas ele não é jornalista, Valdigem; ele pretende dizer aos jornalistas como se deve fazer, pretende ser mestre de jornalistas!...

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  3. A vossa troca de comentários, a partir do texto do Amândio é curiosa. Há verdades escritas e subentendidas, há ironia, há mensagens...

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