sábado, 12 de outubro de 2019

Mata mulher infiel!

- o jornal no seu velho tom, discorre a notícia pela pena de seu eleito para a descrever, com apoio de auxílio em asterisco. Trata-se de mais um homicídio em terras onde se cultiva ainda a honra e a dignidade. Esta opinião vai sofrer repulsa por parte de uns mas se publicada (o que não acontecerá, para manter a teoria da aceitação do cornudo feliz), terá guarida. Diz a notícia que a" Albertina, conhecida por Tina na vila de Carrazeda, onde vivia(!) com o marido e dois filhos". Vivia? Mas sabe-se com este relato do acontecimento que acabou dentro de um padrão de honra, que tinha outro modo de vida. O marido, descobriu que a Tina, dava umas baldas por fora e umas quecas pelo mato, com um cliente  que por lá andava a trabalhar em obras que lhe permita levantar o pau e construir ramais de ligação de gás natural. Supomos que o gás em circulação permitia um bom aquecimento na Tina, mais do que o fogão da cozinha do restaurante onde metia ao forno. O marido Abel, que bem podia ser Caim, apanhou-os a malhar por entre as ervas macias e mansas, e armado das armas e dos instrumentos que pacificam a alma e o viver de cabeça alta, despachou a Tina e ainda tentou despedaçar o macho fodilhão casual. Uma mulher entesoada é uma mulher desejada, mas perigosa. A Tina sabia como cozinhar a febra para o amante e saciá-lo, e destruir um lar com filhos reconhecidos, pelo menos pelo pai. Um tipo de mulher Calígula, devia ponderar bem quando se casa e promete fidelidade a um parceiro, devia saber qual o valor da lealdade, honestidade, e fazer jogo limpo, fora e por dentro dos lençóis. Mas a Tina fazia tudo pela calada e pelo mato. O marido quando descobriu a marosca que lhe foi zurzindo os ouvidos pelos que o sabiam e lhe ouviam os suspiros, tomou a mediada que em Carrazeda se "Ansiava", resolveu dar paz à sua alma e satisfação à comunidade. Abel, não consentiu mais a cabeça pesada, e aceitou ser decapitado agora pela justiça, pelo acto que só os cornudos bem falantes e correctinhos, condenam. A violência existe por este e outros muitos motivos. As mulheres existem para muitas coisas, entre elas estragar a vida de um homem mal a manhã comece a clarear e acabe a escurecer, e o dinheiro não brilhe. O coração tem razões que os críticos desconhecem mas se acham cheios de razão e justiceiros. Hoje o que está a dar é o elogio dos cornos, na imprensa e nos tribunais. Tenros se possível. Porém a vida é como é, e difere de região para região. O norte ainda é o contrário do sul cosmopolita e mundano!

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