O
reitor da Universidade de Coimbra, na altura em que no top das notícias estava
a problemática da crise climática e ambiental, entrou no jogo e anunciou que
nas cantinas da universidade vai deixar de se comer carne de vaca.
O
reitor da Universidade do Porto, em artigo de opinião no Jornal de Notícias,
manifestou-se contrário a qualquer planificação na formação e cursos do ensino
superior, que considera uma visão sovietizante, por sobrepor o interesse
colectivo ao individual.
No
âmbito da carne de vaca, talvez a atenção do reitor de Coimbra se devesse
centralizar em ajudar a contrariar os modelos de produção intensiva de carne e
a muita que importamos, defendendo a nossa produção local e as raças autóctones
para abastecer as cantinas e não privar os estudantes que gostem, de comer um
bife.
É
discutível que o reitor do Porto defenda que na organização do ensino superior,
não exista qualquer preocupação com áreas e actividades onde exista carência
técnica especializada; e, também, na criação de condições para que licenciados
e doutorados exerçam e concretizem os ensinamentos recebidos.
Ausente
das intervenções dos reitores esteve a limitação de acesso ao ensino superior e
as dificuldades que impedem tal, como as de ordem económica, onde se incluem os
baixos salários das famílias, as propinas, as deslocalizações e alojamento de
estudantes. Também a precariedade e outros os problemas que afectam a classe
docente foram ignorados.
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