Tudo é comestível...
Vi há pouco numa TV espanhola uma demonstração de comida
confeccionada com farinha de grilos, em que os voluntários que se propuseram
participar não faziam ideia do que se tratava; depois de provarem uns quantos
biscoitos era-lhes perguntada a opinião acerca do paladar daquilo, tendo sido
dadas as respostas mais diversas, mas todas no sentido de que o sabor não era
mau, só depois lhes sendo revelado o que era.
A verdade é que pouca gente se poderá gabar de nunca ter
comido insectos, ainda que sem o saber; eu próprio, que os encontrei no prato
não poucas vezes, nos “milhentos” locais onde já tive necessidade de comer,
tenho poucas dúvidas quanto a ter comido muitos que não vi, assim como devo ter
comido muitos nas cerejas e figos e ainda aqui estou para poder contar.
E se em vários países há muito são aproveitados como
alimento, pela escassez de recursos e pelo seu valor nutritivo, Portugal parece
querer agora apanhar aquele comboio, tendo já sido feita uma degustação na
Universidade Nova, apresentada pela “Associação Portugal Insect”; embora ainda
não haja legislação que regulamente o
seu consumo, já há estudos de mercado que dão a este novo alimento um potencial
de negócio de 1000 milhões de euros nos
próximos anos...
Confunde-me é que, sendo sabido que todos o bichinhos
desempenham na Natureza uma função de equilíbrio, e havendo no mundo comida que
chegue, mas muito mal distribuída, com desperdício de muitos milhões de
toneladas, além de muita terra improdutiva por falta de quem queira “dobrar a
espinha”, haja necessidade de recorrer aos insectos para alimentar humanos...
Amândio G. Martins
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