A
tiragem da imprensa escrita, no conjunto, foi em média no primeiro semestre de
2019 de 248.230 exemplares por edição. Há 32 nos, em Outubro de 1987, foi de 1.069.019.
A tiragem de 2019 corresponde a 23% da de 1987, uma diminuição de 2,4% por ano.
Em 2019 temos 16 publicações (7 diários, 3 desportivos, 6 semanários). Em 1987
existiam 23 publicações (12 diários, 4 desportivos, 7 semanários)
Segundo
divulgou a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT),
no primeiro semestre de 2019, a tiragem do Correio da Manhã foi de 72961
exemplares por dia; o Jornal de Notícias, 31445; o Record, 25578; o Público,
13726; e O Jogo 9822. Nos semanários, o Expresso, 52787; a Sábado, 20176; e a
Visão, 15830. O Diário de Notícias, que desde Julho de 2018 é semanário, teve
uma tiragem de 3905. O diário i, A Bola e o semanário Sol, por opção da APCT
deixaram de ser auditados.
A
tiragem em conjunto de Correio da Manhã, Jornal de Notícias e Público foi de
118132, quando em 2018 foi de 127181, menos 7% (9049). Nos semanários a
tiragem, foi de 92698; e nos desportivos de 37400. Em 1987, a tiragem dos
diários era no conjunto de 308048; nos desportivos, 392136; e nos semanários,
368835.
Em
Outubro de 1987, o Jornal de Notícias tinha uma tiragem média diária de 91366
exemplares; o Record, 89883; O Jogo, 29714; o Diário de Notícias (diário),
50487; o Expresso, 136170; A Bola, 194426; e o Correio da Manhã não referia a
tiragem.
Mas
em Outubro de 1987, havia ainda O Primeiro de Janeiro, com tiragem de 34300; o Diário,
26085; O Comércio do Porto, 37634; e O Século e O Dia que não referiam a tiragem. Acrescentavam-se os vespertinos, Diário Popular, 30531; e A Capital, 37655; e o Diário de
Lisboa, que também não indicava a tiragem. Nos desportivos existia também a
Gazeta, com 78113.
Nos
semanários, em 1987, existia também O Jornal, com 71070 de tiragem; o
Semanário, 68720; o Tal Qual, 77300; o Jornal de Letras, 15575; e ainda, não
referindo a tiragem, O Tempo e o Sete. O Independente seria fundado só em 1988
e terminaria em 2006.
Referencia-se
também o Correio do Minho (2900 exemplares), Diário do Minho (3700), Diário de
Notícias – Madeira (10200), Diário dos Açores (3387), Diário do Sul (5000) e
Diário de Coimbra. A imprensa de âmbito regional, embora com dificuldades, parece
ter resistido melhor à crise e além dos indicados, existem hoje ainda um
conjunto significativo de publicações.
O
Público foi criado em Março de 1990; a Visão apareceu em Março de 1993; a
Sábado foi lançada em Maio de 2004; o Sol foi criado em Setembro de 2006; e o
jornal i foi fundado em Maio de 2009.
Elemento
com peso na debilitação da imprensa escrita foi naturalmente o imparável
desenvolvimento das novas tecnologias e das redes sociais, sobretudo a partir das
últimas duas décadas do século XX.
Segundo
alguns actuais responsáveis jornalísticos de empresas de comunicação social, como
medidas para travar o declínio ou crise, importa aumentar a literacia dos portugueses,
valorizando a leitura de jornais, incentivando o jornalismo de qualidade que é
essencial para uma sociedade esclarecida, que estamos longe de alcançar, como
demonstra de certa forma, a repetida e elevada abstenção nas eleições.
Acrescentam
ainda esses responsáveis, o combate às notícias falsas, o regular as redes
sociais, as grandes plataformas cederem uma percentagem dos seus lucros para
apoiar a imprensa, dar prioridade à compra de jornais em vez de serviço de
recortes, atribuição de benefícios fiscais para assinantes, bolsas para jovens
assinarem jornais, isenções fiscais para venda e assinaturas e apoio à imprensa
regional.
Notável este seu trabalho de compilação dos dados que nos mostram a situação actual da imprensa escrita, que é um triste sinal dos tempos; e o mais triste de tudo é os leitores que foram desaparecendo não terem quem os substitua porque, como também diz o senhor Ernesto Silva, as novas gerações estão distraídas com outras plataformas, a maior parte delas apenas desinformação e estupidificação...
ResponderEliminarVai continuar o declínio da imprensa escrita? SIM!!!!!!!!!
ResponderEliminarE então das televisões. SIM, SIM, SIM!!!!!