quinta-feira, 31 de outubro de 2019


“Semelhante peste nunca vi”!...


...Dizia à reportagem JN uma idosa da aldeia de Sistelo, Arcos de Valdevez, perante a “invasão” de turistas a que a sua terra natal vem assitindo, depois de ter ganho o concurso “7 Maravilhas de Portugal”; e eu compreendo que, num espaço não muito grande, onde toda a gente se conhece pelo nome, encontrarem-se de repente nas ruas com montes de gente estranha a toda a hora, disparando sem “licença” as máquinas fotográficas, não seja muito agradável, sobretudo para os mais antigos, como a senhora de 85 anos que disse não gostar nada de fotografias.

Com cerca de trezentos habitantes, a maioria  envelhecidos, com só dois nascimentos nos últimos dez anos e casas abandonadas, fica claro que, apesar das suas belezas naturais, Sistelo não tardaria a juntar-se a tantas outras aldeias sem gente por esse país fora, não fôra a recente promoção e aproveitamento das características que, como diz o presidente da Junta de Freguesia, pode ser exemplo para o país de como combater a desertificação.

É que não é retirando às populações do interior os poucos serviços públicos de que ainda beneficiavam, mas sabendo tirar partido das características únicas do território interior e  investindo na criação de estruturas para receber os visitantes que queiram ficar mais tempo, que se criarão empregos para segurar as populações, desafogando os grandes centros já entupidos...


Amândio G. Martins

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