A falência do operador turístico Thomas Cook veio, mais uma vez, mostrar à saciedade o oportunismo português no que a negócios concerne. Anteontem ouvi um funcionário do Estado ( da Comissão Regional de Turismo do Sul? ) anunciar que lá iam mais uns "milhõezitos" para apoiar as perdas resultantes da dita falência. Até tenho algum entendimento sobre o apoio aos Bancos, já que - afora o "apoio" a banqueiros corruptos e/ou gananciosos - protege o dinheiro de todos os portugueses que lá o têm, agora, no caso vertente, quem é protegido verdadeiramente? Os veraneantes? Os hoteis? Poderá dizer-se que protege o Turismo, mas é um bom artifício de linguagem. Porque não têm seguros, que a ideologia mercantil defende até.... para substituição do SNS?! Esta concepção "bipolar" interesseira do Estado, ora apodado de ladrão e/ou totalitário, ora de resguardo para os seus (deles) desaires de mercado - que tanto elogiam - é verdadeiramente insuportável. Detesto o Estado totalitário mas detesto ainda mais, se possível, estas "amibas" que vão ao bolso de quem tanto detestam! É a timocracia no seu esplendor, a "democracia do status", querendo o melhor de dois mundos, uma das que vão corrompendo a democracia por dentro, que se deixa corromper...
Fernando Cardoso Rodrigues
Nota: para quem a leu, veio ontem no PÚBLICO uma carta assinada por Carlos Duarte, de Lisboa - Falência de Thomas Cook - muito similar ao meu texto. Duas diferenças, para além do léxico: nela o subsídio do Estado ainda era uma premonição e eu... "estico a corda".
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